VENIDA LEOMIL ......
No século XIX a ilha de Santo Amaro virou entreposto de escravos e, mesmo depois da proibição do tráfico, navios negreiros atracavam furtivamente na Praia da Enseada. A praia do Tombo era usada para descartar escravos velhos ou doentes.
A Praia e Sítio do Perequê, em meados do século XIX, era talvez a maior e mais famosa propriedade agrícola de toda ilha chegando até o rio da Bertioga. Pertencia então a Valêncio Augusto Teixeira Leomil, que, entre outros negócios, dedicava-se ao tráfico de escravos, chegando a ser processado, condenado e a fugir do Brasil por alguns anos para a prescrição da sentença.
Esse Valêncio Teixeira Leomil ficaria ligado à história do Guarujá moderno pelo seu tino comercial, pois pediria à Câmara de Santos, em1890, a concessão por 70 anos para instalar uma
linha de trens de ferro do estuário de Santos até o Guarujá e à praia do
Perequê, sua antiga propriedade.
Obtida a concessão, poucos meses depois já a venderia à Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, da qual seria Diretor Fiscal nos próximos tempos e aí, já em nome desta Companhia, ele obteria duas grandes áreas de marinha, no estuário de Santos (entre os rios "do Meio" e "Santo Amaro") e, ao fim da "Praia do Guarujá", para utilização e instalações da nova empresa.
Daí se daria a aproximação com os fundadores da futura cidade de Guarujá, o Dr. Elias Chaves e seu primo, Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, que entre 1890 e 1892 era sócio-gerente da Companhia Prado Chaves, uma das maiores firmas de exportação de café na cidade de Santos, pertencente a Elias Chaves, que foi quem pediu a ele que planejasse a construção da cidade balneária.
Elias Chaves, após contratar com Leomil a compra de sua concessão para estabelecimento de uma estrada de ferro na ilha de Santo Amaro, fundou a Companhia Balneária, na mesma ilha, torna Elias Fausto seu presidente e dando a Valêncio Augusto Teixeira Leomil a posição de Diretor Fiscal, organizando em seguida os planos maiores para instalação da Vila Balneária do Guarujá.
Por ter-se destacado na construção do Guarujá moderno em sua homenagem foi dada o nome de Avenida Leomil uma importante avenida no centro da cidade.
Contribuição de Jorge Luiz Pedro
No século XIX a ilha de Santo Amaro virou entreposto de escravos e, mesmo depois da proibição do tráfico, navios negreiros atracavam furtivamente na Praia da Enseada. A praia do Tombo era usada para descartar escravos velhos ou doentes.
A Praia e Sítio do Perequê, em meados do século XIX, era talvez a maior e mais famosa propriedade agrícola de toda ilha chegando até o rio da Bertioga. Pertencia então a Valêncio Augusto Teixeira Leomil, que, entre outros negócios, dedicava-se ao tráfico de escravos, chegando a ser processado, condenado e a fugir do Brasil por alguns anos para a prescrição da sentença.
Esse Valêncio Teixeira Leomil ficaria ligado à história do Guarujá moderno pelo seu tino comercial, pois pediria à Câmara de Santos, em
Obtida a concessão, poucos meses depois já a venderia à Companhia Balneária da Ilha de Santo Amaro, da qual seria Diretor Fiscal nos próximos tempos e aí, já em nome desta Companhia, ele obteria duas grandes áreas de marinha, no estuário de Santos (entre os rios "do Meio" e "Santo Amaro") e, ao fim da "Praia do Guarujá", para utilização e instalações da nova empresa.
Daí se daria a aproximação com os fundadores da futura cidade de Guarujá, o Dr. Elias Chaves e seu primo, Dr. Elias Fausto Pacheco Jordão, que entre 1890 e 1892 era sócio-gerente da Companhia Prado Chaves, uma das maiores firmas de exportação de café na cidade de Santos, pertencente a Elias Chaves, que foi quem pediu a ele que planejasse a construção da cidade balneária.
Elias Chaves, após contratar com Leomil a compra de sua concessão para estabelecimento de uma estrada de ferro na ilha de Santo Amaro, fundou a Companhia Balneária, na mesma ilha, torna Elias Fausto seu presidente e dando a Valêncio Augusto Teixeira Leomil a posição de Diretor Fiscal, organizando em seguida os planos maiores para instalação da Vila Balneária do Guarujá.
Por ter-se destacado na construção do Guarujá moderno em sua homenagem foi dada o nome de Avenida Leomil uma importante avenida no centro da cidade.
Contribuição de Jorge Luiz Pedro
Av. Leomil, esquina com a Rua Rio de Janeiro. Esta casa situada na direita, era do Sr. Edmundo Monteiro, proprietário do Diário Associados, depois passou para o Sr. Ferranti.
Muito interessante.
ResponderExcluirOu seja, era um escravocrata.
ResponderExcluirMinha vizinha aqui em Curitiba é viúva de um neto dele!
ResponderExcluirLegal
ResponderExcluirMuito triste dar um nome a uma Avenida para homenageia um traficante de escravos.
ResponderExcluirSou antigo morador de Guarujá e achei interessante a história. Não considero Leomil má pessoa. Uma época marcada pela escravidão todos os patrões não eram bons, pois só o fato de ser escravo já é muito ruim.
ResponderExcluir