Pouquíssimos guarujaenses sabem que a avenida do
centro comercial do distrito de Vicente de Carvalho
tem este nome em homenagem ao herói da cidade na Revolução de 32, que está
sendo motivo de comemorações hoje, 9 de julho. Thiago morreu em combate.
Não se sabe exatamente o que levou
aquele jovem a alistar-se no exército rebelde durante a Revolução
Constitucionalista de 1932. Os contemporâneos de Thiago Ferreira não se lembram
dele como um ferrenho apologista das causas democráticas. Era um rapaz simples,
de vinte e poucos anos, que durante muito tempo trabalhou no setor de saúde do
serviço das barcas no velho Itapema.
Não apresentava o perfil do jovem
intelectual, tampouco revolucionário. Alistou-se nas forças constitucionalistas
como outros tantos rapazes da época, em Guarujá. Entre
eles, por exemplo, Alexandre Migues Rodrigues, morador na Praia do Tombo e
que, durante a revolução, vivia cavando trincheiras nas imediações do Morro do
Monduba. Todos eram motivados pela intensa propaganda rebelde.
Hoje, porém, ninguém fala em Alexandre. Mas , a
Thiago Ferreira coube o destino de herói. Seu nome foi dado à avenida onde está
hoje o centro comercial do Distrito de Vicente de Carvalho e que, durante muito
tempo, foi a principal via pública do antigo Itapema. Há também, um busto de
Thiago Ferreira na praça de mesmo nome, perto da estação das barcas. Todos
os anos, por ocasião do aniversário da Revolução Constitucionalista,
realiza-se uma solenidade no local, com a presença de políticos, professores e
estudantes. A solenidade é realizada em cumprimento à legislação municipal.
E por que o tratamento à memória de
Thiago Ferreira é diferente do que é dado aos demais participantes da Revolução
Constitucionalista, nascidos em Guarujá? A resposta é simples: ao contrário dos
demais, Thiago foi morto em combate, no Interior de São Paulo. A vida foi o
preço da celebridade. (Pérola ao Sol/ Monica de Barros Damasceno e Paulo
Mota)
O busto de Thiago Ferreira citado no texto foi retirado da praça em frente à Estação das Barcas, por ocasião da construção do “Camelódromo”.
Oi, está escura a tela do blog. Não está fácil ler. Parabéns pelo conteúdo
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