terça-feira, 9 de julho de 2013

Thiago Ferreira


Pouquíssimos guarujaenses sabem que a avenida do centro comercial do distrito de Vicente de Carvalho tem este nome em homenagem ao herói da cidade na Revolução de 32, que está sendo motivo de comemorações hoje, 9 de julho. Thiago morreu em combate.





Não se sabe exatamente o que levou aquele jovem a alistar-se no exército rebelde durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Os contemporâneos de Thiago Ferreira não se lembram dele como um ferrenho apologista das causas democráticas. Era um rapaz simples, de vinte e poucos anos, que durante muito tempo trabalhou no setor de saúde do serviço das barcas no velho Itapema.

Não apresentava o perfil do jovem intelectual, tampouco revolucionário. Alistou-se nas forças constitucionalistas como outros tantos rapazes da época, em Guarujá. Entre eles, por exemplo, Alexandre Migues Rodrigues, morador na Praia do Tombo e que, durante a revolução, vivia cavando trincheiras nas imediações do Morro do Monduba. Todos eram motivados pela intensa propaganda rebelde.

Hoje, porém, ninguém fala em Alexandre. Mas, a Thiago Ferreira coube o destino de herói. Seu nome foi dado à avenida onde está hoje o centro comercial do Distrito de Vicente de Carvalho e que, durante muito tempo, foi a principal via pública do antigo Itapema. Há também, um busto de Thiago Ferreira na praça de mesmo nome, perto da estação das barcas. Todos os anos, por ocasião do aniversário da Revolução Constitucionalista, realiza-se uma solenidade no local, com a presença de políticos, professores e estudantes. A solenidade é realizada em cumprimento à legislação municipal.

E por que o tratamento à memória de Thiago Ferreira é diferente do que é dado aos demais participantes da Revolução Constitucionalista, nascidos em Guarujá? A resposta é simples: ao contrário dos demais, Thiago foi morto em combate, no Interior de São Paulo. A vida foi o preço da celebridade.  (Pérola ao Sol/ Monica de Barros Damasceno e Paulo Mota)






O busto de Thiago Ferreira citado no texto foi retirado da praça em frente à Estação das Barcas, por ocasião da construção do “Camelódromo”.



Um comentário:

  1. Oi, está escura a tela do blog. Não está fácil ler. Parabéns pelo conteúdo

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